terça-feira, 4 de dezembro de 2007

 

DANÇAS DE TRADIÇÕES FOLCLÓRICAS PARAENSES


CARIMBÓ OU CURIMBÓ: Segundo Bruno de Menezes, o carimbo no Pará tem uma classificação especial que podemos descrevê-la da seguinte maneira:

Carimbó praieiro: da Micro-região do salgado.
Carimbó pastoril: de Soure (Micro-região de campos de Marajó).
Carimbó agrícola ou rural: de Santarém, Óbidos e Alenquer (Médio Amazonas Paraense).

O carimbó ou curimbó é uma manifestação folclórica constituída de coreografia, ritmo e cantoria. Teve, provavelmente, origem negra (o batuque), e sofrendo, um processo de aculturação, peculiar influência indígena, deixando de ser dança de negros, para se tornar dança em que predominam caboclos e mestiços.

A denominação de carimbó ou (curimbó) é aplicada, indistintamente, ao instrumento, à dança e à música.
Sobre o instrumento, Vicente Chermont de Miranda disse: “É feito de tronco, internamente cavado, de cerca de um metro de comprimento e de 0,30 de diâmetro; sobre uma das aberturas se aplica um couro descabelado de veado, bem entesado. Senta-se o tocador sobre o tronco, e bate em cadência com o ritmo especial, tendo por vaquetas as próprias mãos. Usa-se o carimbó na dança denominada batuque, importada da África pelos negros cativos.
Quanto à dança, relata Vicente Sales: “A configuração coreográfica mais geral é a de uma grande roda que circula pelo salão durante algum tempo; às vezes a roda se desfaz e os pares volteiam, sem se tocar, ou permitem a encenação de solistas.”

No que diz respeito à música, inegavelmente, a base está nos tambores, que recebe a complementação de flauta, xeque-xeque, clarinete, cavaquinho e violão ou até violino, sendo que com muita raridade.
DESFEITEIRA: A desfeiteira, como o curimbó, o marambiré e várias outras manifestações folclóricas como o camelu, constituem o MARABAIXO, nome geral pelo qual se designa o conjunto de manifestações profanas, enquanto a expressão SAIRÉ ficava reservado aos aspectos religiosos da festa.
Antigamente ao chegar do roçado, do PUXIRUM, os caboclos se reuniam para tocar, dançar e fazer versos. A desfeiteira é uma canção que se encontra gravada no disco “Música popular do Norte” o grupo que a executava denominava-se ESPANTA CHÃO, a música deixou de ser executada pelos grupos da região de Alter do Chão em virtude da repressão feita pelos padres americanos em relação a sua apresentação.
Fonte: Inventário Cultural do Pará
Texto: Augusto Barros - Imagens: Grupo de Tradiçõs Marajoaras Os Aruãs


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